Mediunidade pode ser definida como a sensibilidade para perceber e interagir com os espíritos desencarnados ou mundo espiritual.
Na minha experiência que vem desde os 14 anos de idade, ser médium é uma bênção divina e, antes de tudo, uma possibilidade de resgate e reajuste kármico.
Infelizmente as pessoas que têm uma mediunidade mais aflorada, vivenciam situações que não conseguem explicar às outras pessoas e por isso procuram reprimir sua sensibilidade. Com o passar do tempo o chamado à obra se torna mais forte. Medo do desconhecido, insegurança quanto à sua capacidade de assumir tal tarefa e a ideia de que uma vez desenvolvida a mediunidade estará para sempre “presa” às obrigações, são os principais motivos que as impedem de realizar o desejo superior de sua alma.
Entendo que os impedimentos são totalmente temporários, fruto apenas do desconhecimento da cultura em que vivemos e que, na verdade, realizar seu exercício mediúnico é a própria realização do seu ser.
Devo ressaltar que a mediunidade não é um fenômeno pertencente a uma ou outra religião. Na realidade, a mediunidade está presente em todos os povos, de todas as épocas. No Egito, na Grécia, dentre os Nórdicos, os Celtas, os Indígenas, os Africanos, os Orientais, etc.
Ou seja, a mediunidade é ecumênica e, na minha opinião, deve ser abordada de um ponto de vista espiritualista e universalista.
Eu já desenvolvi médiuns dentro do espiritismo, quando trabalhava em um centro no início dos anos 2000 e os resultados eram bons. Também já desenvolvi médiuns dentro dos preceitos da Umbanda e os resultados também eram bons.
No entanto, desde 2011 venho desenvolvendo a mediunidade de nossos alunos na Casa de Miguel de uma maneira mais direta, sem dogmas, apresentando tanto conceitos utilizados no Espiritismo quanto na Umbanda e expandindo para entidades de outras culturas que nem são contempladas nos trabalhos espirituais existentes no Brasil e isso tem trazido resultados ótimos para os médiuns, como maior liberdade e conexão profunda e verdadeira com seus pares espirituais.
Entendendo que a mediunidade é do médium e não da religião, ou seja, uma pessoa não tem em sua companhia apenas amparadores espirituais que se manifestariam na religião A ou B. Todo médium carrega consigo uma gama enorme de entidades companheiras, que transcende as religiões.
Segundo as entidades que nos guiam aqui na Casa de Miguel, esse entendimento sobre como a mediunidade deve ser desenvolvida é no presente o que será comum no futuro.
Eu te convido a conhecer mais sobre esse nosso modelo de trabalho com a mediunidade. Creio que você se sentirá muito mais conectada aos seus amparadores, sem a necessidade de seguir dogmas ou cumprir obrigações que não compreende.